Falar que é contra ou a favor do V.A.R no Brasil é muito relativo, caro leitor, pois quando seu time é “ajudado”, está tudo certo e quando seu time é “prejudicado”, está tudo errado, tem que rever isso e aquilo, não pode ser, essa tecnologia veio para destruir o futebol e assim, os argumentos são disparados pelas redes sociais, uma mescla de indignação e felicidade tomam conta do ambiente interneteiro.
Pois
bem, essa crônica não está relacionada com aquilo que é certo ou errado dentro
do uso da tecnologia, mas no sentido de indagar alguns pontos que não são tratados
como devem pela mídia em geral, nos debates mais sérios sobre o tema, mas que
sobretudo precisam ser ressaltados num ambiente onde supostamente o
profissionalismo tem tomado conta e um mundo de apostas dos mais variados tipos
de jogos se faz presente sem uma “seguridade” por parte dos apostadores.
Em
primeiro lugar, queria ressaltar a necessidade da profissionalização da
arbitragem. Hoje, todos os jogadores são profissionais e são cobrados como
tais, os treinadores também em sua maioria são profissionais. Os únicos não
profissionais dentro das quatro linhas são os membros da arbitragem. O sistema
de arbitragem de futebol no Brasil deveria ser profissional.
Os
árbitros e os assistentes não vivem de futebol, eles são amadores, possuem
outras profissões, portanto, não podem ser cobrados como tais, embora as
torcidas de futebol no geral e a mídia não querem saber desse grande detalhe, mas
ele faz toda a diferença quando se está em jogo a qualidade e a lisura dos
campeonatos de futebol, pois os resultados das partidas passam pelas suas
atuações.
Outro
ator que entrou no sistema futebol é o torcedor apostador, aquele que pega seu
“rico” dinheirinho e vai apostar em seu time de coração. O ambiente do futebol
não o favorece, tendo em vista que aqueles que estão na arbitragem não possuem
o profissionalismo devido e muitas vezes se deixa levar pelo favorecimento de
um time ou outro, pois seu time de coração jamais pode ser prejudicado e ataca
a lisura do processo e as regras do futebol me parecem ser sempre relativas, se
é o time A ou B, são favorecidos, outros não, o que de certa forma ataca a
lisura do campeonato e ataca os direitos dos apostadores. Os apostadores
merecem uma arbitragem de futebol profissional e racional, pois o que está em
jogo é o seu dinheiro.
A
relatividade sempre fez parte do futebol brasileiro e parece que aplicar as
regras de forma clara, objetiva e racional não me parece ser a missão do
futebol brasileiro, pois em geral, os torcedores gostam de viver na polêmica,
seja para vender notícias ou para ganhar likes e engajamento em redes sociais enquanto
o futebol brasileiro continua no pão e circo e vendendo um mundo de ilusão aos
novos apostadores do futebol.