DAHL, Robert. A
democracia e seus críticos. São Paulo: Martins Fontes, 2012.
Resenha
Robert Dahl é um autor
americano, nasceu no ano de 1915, no Iowa, nos Estados Unidos. Professor
emérito de Ciência Política na Universidade de Yale. Escreveu uma das obras
fundamentais para o entendimento da democracia contemporânea, Poliarquia, obra
que o Caderno de Resenha organizou um trabalho específico
A obra escrita por Robert
Dahl, a democracia e seus críticos é um trabalho denso, muito bem construído. A
obra é organizada em seis (6) partes:
Na primeira parte, Dahl
busca as origens da democracia moderna, aponta a transformação da cidade Estado
democrática e posteriormente trata da segunda transformação, ele menciona o
republicanismo, a representação política e alinha os argumentos para discutir a
lógica da igualdade.
Na segunda parte da obra,
Dahl discute os críticos da oposição, cita o anarquismo, a guardiania e cita
elementos das críticas tecidas ao sistema.
Na terceira parte, Dahl
trabalha a teoria do processo democrático – nessa linha, aponta as
justificativas para a construção da ideia de valor intrinsecamente igual e da
autonomia pessoal, constrói a teoria do processo democrático e mais que isso,
discute o problema da inclusão na democracia.
Na quarta parte da obra,
Dahl trata dos problemas no processo democrático. O autor menciona o governo da
maioria e o processo democrático, organiza as seguintes perguntas: haverá uma
alternativa melhor? E quando um povo tem direito ao processo democrático?
Na quinta parte da obra, o
autor discute alguns elementos já traçados na sua obra mais famosa, Poliarquia.
Nessa parte, o autor faz a seguinte pergunta: será inevitável o domínio da
minoria?
Na sexta parte da obra, o
autor fala sobre a terceira transformação, aponta diretrizes para a democracia
no mundo de amanhã e faz um esboço para que um país seja avançado dentro das
diretrizes democráticas.
De forma geral, Dahl
enumera em 3 (três) os críticos da democracia:
1 – Aqueles que se opõem
fundamentalmente à democracia porque como Platão, creem que, embora ela seja
possível, é de forma inerente indesejável;
2 – Aqueles que são
fundamentalmente opostos à democracia, crêem que embora ela talvez fosse
recomendável, se fosse possível, na realidade é inerentemente impossível;
3 – Aqueles que são
favoráveis à democracia e desejam mantê-la, mas que a criticam em algum ponto
importante.
Nesse sentido, Dahl,
expõe que os dois primeiros tipos podem ser denominados de críticos de
oposição, e os do terceiro tipo, críticos favoráveis.
Toda a obra de Dahl está
ancorada e conceituada tendo em vista as noções proporcionadas pela Grécia
antiga, a noção de povo, cidade Estado, Estado, Instituições políticas e
participação política.