Thursday 4 August 2022

Comentários sobre a obra "Democracia e seus críticos" de Robert Dahl

 


DAHL, Robert. A democracia e seus críticos. São Paulo: Martins Fontes, 2012.

 

Resenha

 

Robert Dahl é um autor americano, nasceu no ano de 1915, no Iowa, nos Estados Unidos. Professor emérito de Ciência Política na Universidade de Yale. Escreveu uma das obras fundamentais para o entendimento da democracia contemporânea, Poliarquia, obra que o Caderno de Resenha organizou um trabalho específico

A obra escrita por Robert Dahl, a democracia e seus críticos é um trabalho denso, muito bem construído. A obra é organizada em seis (6) partes:

Na primeira parte, Dahl busca as origens da democracia moderna, aponta a transformação da cidade Estado democrática e posteriormente trata da segunda transformação, ele menciona o republicanismo, a representação política e alinha os argumentos para discutir a lógica da igualdade.

Na segunda parte da obra, Dahl discute os críticos da oposição, cita o anarquismo, a guardiania e cita elementos das críticas tecidas ao sistema.

Na terceira parte, Dahl trabalha a teoria do processo democrático – nessa linha, aponta as justificativas para a construção da ideia de valor intrinsecamente igual e da autonomia pessoal, constrói a teoria do processo democrático e mais que isso, discute o problema da inclusão na democracia.

Na quarta parte da obra, Dahl trata dos problemas no processo democrático. O autor menciona o governo da maioria e o processo democrático, organiza as seguintes perguntas: haverá uma alternativa melhor? E quando um povo tem direito ao processo democrático?

Na quinta parte da obra, o autor discute alguns elementos já traçados na sua obra mais famosa, Poliarquia. Nessa parte, o autor faz a seguinte pergunta: será inevitável o domínio da minoria?

Na sexta parte da obra, o autor fala sobre a terceira transformação, aponta diretrizes para a democracia no mundo de amanhã e faz um esboço para que um país seja avançado dentro das diretrizes democráticas.

De forma geral, Dahl enumera em 3 (três) os críticos da democracia:

1 – Aqueles que se opõem fundamentalmente à democracia porque como Platão, creem que, embora ela seja possível, é de forma inerente indesejável;

2 – Aqueles que são fundamentalmente opostos à democracia, crêem que embora ela talvez fosse recomendável, se fosse possível, na realidade é inerentemente impossível;

3 – Aqueles que são favoráveis à democracia e desejam mantê-la, mas que a criticam em algum ponto importante.

Nesse sentido, Dahl, expõe que os dois primeiros tipos podem ser denominados de críticos de oposição, e os do terceiro tipo, críticos favoráveis.

Toda a obra de Dahl está ancorada e conceituada tendo em vista as noções proporcionadas pela Grécia antiga, a noção de povo, cidade Estado, Estado, Instituições políticas e participação política.

 

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