Thursday, 24 July 2025

Coisas ruins que vem de você!

 


"Você acha que não vai me prejudicar agindo assim?", Daniela perguntou, olhando fundo nos olhos de Benito.

Benito retribuiu o olhar. "Por que você acha que eu a prejudicaria?"

"Você sabe que sou casada. Isso me afetará muito se você continuar agindo dessa forma!", Daniela sussurrou.

"De que forma?", Benito respondeu, se aproximando. "A única coisa que penso em te dar é o meu silêncio." Ele colocou o indicador sobre a boca.

"Não posso me aproximar mais de você. Você sabe disso!", Daniela falou, colocando a mão sobre os ombros de Benito.

"Você pode escolher, Dani, entendeu? Respeitarei sua decisão. Vou ficar magoado e triste se tiver que ficar longe de você, mas ficarei", disse Benito, levando a mão ao rosto.

"Vai ser difícil para mim também ficar longe de você. Você tem a capacidade de aumentar minha autoestima. Eu gosto disso. Me sinto paquerada, desejada, e você me faz sentir sempre melhor. Gosto de te procurar. Sempre quero saber se você está me olhando. Sabe, por incrível que pareça, não tenho ciúmes de você. Fiquei magoada quando começou a me ignorar, a fingir que eu não existia. Não me contive, tive que falar com você", Daniela disse, apreensiva.

"Eu não quero servir só para aumentar sua autoestima! E eu, como fico?", Benito respondeu, levando as mãos ao peito.

"Estou assustada. Você chega assim e diz, sem mais nem menos, que está apaixonado por mim! Eu não estava preparada para isso. Você me entende?", Daniela disse, com uma expressão aflita.

"Só fiquei muito brava uma vez com você. Uma vez que passei por você e você nem me olhou. Eu até bati firme com o pé no chão para ver se chamava sua atenção e você nem aí... nem me deu trela. Fiquei muito brava", Daniela falou com ternura.

"Eu vou tirar você da minha vida!", Benito respondeu, parecendo nervoso.

"Você ficou dois meses sem aparecer. E quando vem quer que eu jogue confete para cima de você. Eu vou mesmo é fazer de tudo para tirar você da minha vida, mesmo que você nunca tenha entrado", disse Benito, segurando a mão de Daniela.

"Nós nunca tivemos nada. Você sabe disso, Benito! Não pode me obrigar a nada", Daniela retrucou, nervosa.

"Por isso mesmo é que de agora em diante... quero que você fique com o seu marido...", Benito retrucou, nervoso.

Daniela olhou fixamente nos olhos de Benito. Deu dois passos, beijou-lhe a boca e o abraçou.

"O que você pretende com isso, Daniela?", perguntou Benito.

"Para você não me esquecer e sempre achar que terá a chance de ter algo comigo. É sempre... nosso eterno jogo de sedução", Daniela respondeu, sorrindo.

"Não vou servir de massagista para o seu ego inflado", disse Benito, desapontado.

"Eu sei que você não me resiste. Basta eu olhá-lo nos olhos e pronto. Você se derrete todo", Daniela respondeu com empáfia.

"Eu não teria tanta certeza", falou Benito, coçando a cabeça. "Eu nunca me interessei em saber o número do seu celular. Nem ao menos o seu endereço de internet."

"Eu jamais os daria a você. Tenho a certeza de que você seria daqueles que ficaria me amolando o tempo todo com história de homem apaixonado", disse Daniela, segurando o celular.

Benito se aproximou de Daniela, a agarrou pela cintura e a beijou. Daniela tentou se esquivar, mas Benito a segurou com força.

"Me solte, seu cretino, idiota. Eu sou uma mulher casada", Daniela falou, tentando empurrar Benito.

"Isso não faz a menor diferença. Eu já lhe disse que não tenho ciúmes de você ou de quem quer que seja", respondeu Benito, confiante.

"Eu preciso ir embora, você quer anotar o número do meu celular?", disse Daniela, se aproximando de Benito.

O Estádio Municipal Tenente Siqueira Campos: um campo de memórias esportivas de Araraquara


O antigo Estádio Municipal Tenente Siqueira Campos é, de fato, um marco na história esportiva de Araraquara. Para muitas gerações, seu gramado emblemático foi o palco onde o futebol da cidade desfilou, criando memórias e tradições.

Sua localização peculiar, ao lado do Cemitério São Bento, conferia ao Tenente Siqueira Campos uma atmosfera única, uma fusão de saudosismo e nostalgia. Essa proximidade, para alguns, evocava a passagem do tempo e a efemeridade das glórias. A presença de um flamboyant majestoso em frente ao portão principal não só amenizava o calor dos jogadores e torcedores, mas também se tornou um símbolo do local, um ponto de referência que guardava inúmeras histórias sob sua sombra.

Este estádio tem uma história rica, incluindo ter sido a casa da ADA – Associação Desportiva Araraquarense. Este time, que vestia azul e branco, construiu sua trajetória esportiva entre as décadas de 1950 e 1960. Seus duelos contra a Associação Ferroviária eram lendários, dando origem ao famoso derby FERROADA.

Para quem teve o privilégio de vivenciar a época áurea do Estádio Municipal Tenente Siqueira Campos, é impossível não recordar as figuras icônicas que, com suas personalidades e talentos, transformaram o local em uma verdadeira lenda do esporte araraquarense. Essas pessoas não apenas fizeram parte da história do futebol da cidade, mas também encarnavam o espírito do estádio:

O Petita: O guardião das chaves do estádio, conhecido por sua bravura e por zelar pelo local como se fosse sua própria casa. Ele era a primeira e a última pessoa a ver o gramado, um símbolo da dedicação ao esporte.

O Edimar Claro: Um goleiro lendário, cujas defesas tornavam sua meta quase intransponível. Sua presença no gol inspirava confiança e era um pesadelo para os atacantes adversários.

O Chumbinho: Famoso por seu chute potente e seus gols homéricos, Chumbinho era o artilheiro que decidia jogos e levava a torcida ao delírio. Seus arremates eram sinônimos de perigo constante.

Seu Armando Clemente: Um treinador de grande sapiência e clareza. Sua visão estratégica e capacidade de transmitir seus conhecimentos aos jogadores eram fundamentais para a construção das vitórias.

Zé Lemão: Com seus gritos histéricos à beira do campo, Zé Lemão era um show à parte. Apesar do jeito expansivo, sua grande capacidade de liderança e paixão pelo jogo eram inegáveis.

Tota: Um verdadeiro comandante, Tota tinha um jeito peculiar de liderar, apontando o dedo e direcionando cada jogador. Sua presença era marcante e sua liderança, decisiva para as conquistas do time. Entre muitos outros

O Tenente Siqueira Campos não era apenas um campo de futebol; era um ponto de encontro, um espaço de convivência e a materialização da paixão de Araraquara pelo esporte. As histórias de partidas épicas, gols memoráveis e a energia da torcida ainda ecoam nas lembranças daqueles que tiveram a oportunidade de vivenciar a magia desse lugar.