Tuesday 12 December 2023

Começando os trabalhos!


Era segunda-feira de carnaval, eu estava me preparando para fazer uma caminhada quando resolvi abrir meu WhatsApp, lá estava um recado do Rodrigo Soró, em meio ao sol quente e o começo da atividade física, ouvi seu convite para fazer parte do projeto de criação de um site de notícias sobre o esporte amador de Araraquara, ele estava propondo que eu escrevesse uma coluna mensal ao site, fiquei muito honrado com o convite e mesmo em meio ao “ofeganismo” da caminhada o respondi de forma positiva. 

Depois disso, passei a caminhar pensando no desafio que é escrever sobre esporte amador e sobre qual escrever. Garanto a vocês que isso não foi fácil, as frentes são múltiplas e as perspectivas são enormes, então pensei: “por que não buscar inspiração nos Jogos Olímpicos?”, daí veio a ideia de pontilhar algumas linhas sobre o atletismo, afinal, os primeiros esportes disputados estão ligados à essa modalidade.
 
Estabelecendo a correlação entre o atletismo e a cidade de Araraquara, não posso deixar de mencionar a relevância do Colégio Florestano Libutti, localizado no tradicional bairro do Carmo e a sua contribuição significativa para o desenvolvimento da modalidade na cidade, nomes como Escamilla e Armando Clemente desfilaram suas competências como professores na escola para descobrir talentos.
 
E para falar em talentos do Atletismo em Araraquara, o nome de José Bonifácio da Silva não pode deixar de ser mencionado, revelado por Escamilla e Armando Clemente quando estudava no Florestano Libutti, ajudou a desenvolver de forma ampla a história do atletismo na cidade e desde 1975 trabalha de forma árdua pelo esporte. Boni, como é conhecido, vem trabalhando a anos na pista de atletismo da cidade e para quem não sabe, treinou juntamente com Joaquim Cruz, atleta brasileiro com medalha de ouro nas Olimpíadas de 1984 e hoje, busca novos talentos para a modalidade.
 
Outros personagens da cidade ajudaram a construir o atletismo no município, entre eles Professor Darwin Ianuskiewtz que praticou salto em distância e que chegou a treinar com João do Pulo e o educador físico Marcelo Cabrini que foi “pupilo” de Boni e que se tornou atleta expoente do atletismo araraquarense, ganhou várias provas na cidade e região, possui marcas expressivas no esporte, hoje, organiza grupos de corrida pela cidade, treina atletas de ponta para Araraquara e entrou para a sucessão do esporte, me parece que uma nova geração no Atletismo surge na cidade e aparece de forma muito significativa no horizonte.
 

O futebol de salão araraquarense, a W&L Decolores e a tradição na modalidade


O futebol de salão é muito tradicional em Araraquara, a primeira liga de futsal do país foi organizada na cidade, isso é muito significativo em termos da prática do esporte e até mesmo em resultados expressivos na modalidade.

Araraquara sempre teve times muito fortes no futsal: Nestlê, 22 de Agosto, Clube Araraquarense, sem contar outros inúmeros times que no momento não me recordo os nomes.
 
Nos anos 80 esses times proporcionavam grandes embates, seja no Gigantão, Ginásio da Pista, no ginásio do Clube 22 de Agosto, quadras muito bem organizadas para a boa prática do esporte.
E quando o assunto é futsal em Araraquara, não pode deixar de ser mencionado a relevância da WL Decolores, um time que vestia camisa cor laranja, a mesma cor da fruta que espalha o odor cítrico por toda a cidade.
 

A WL Decolores era um grande time de futsal, o público araraquarense acompanhava os jogos com atenção e lotava as quadras, era composto por trabalhadores e estudantes que no fim de semana se reuniam para disputar as competições, não existia profissionalismo, os treinos aconteciam geralmente no fim de noite, entre as dez e meia noite, tudo era muita vontade e dedicação, aliada ao forte desejo de conquista dos campeonatos que disputava.
 
Me recordo de um jogo entre a WL Decolores contra o time de Igarapava, foi um jogo épico e decisivo e quando acabou, fui para casa a pé, o caminho era longo até o São Geraldo, parei no pipoqueiro que havia próximo ao Hospital São Paulo, ele me perguntou ansioso o resultado da partida, mais para a frente fiz outro “pit stop” no carrinho de lanche do Bahia, em frente ao Parque Infantil para tomar aquela Tubaina gelada e todos os que ali estavam discutiam a partida de forma acalorada.
 
Hoje, Araraquara possui um bom time de futsal ligado à Fundesportes e à Uniara – Universidade de Araraquara - treinado por Rene Benacci, o time vem conseguindo resultados expressivos nas competições que disputa, demonstrando a tradição conquistada na modalidade.

O campo da Atlética, Jair Bala, a laranja e o gelol!

Quando o assunto é esporte amador de Araraquara, não se pode deixar de mencionar o campo da Atlética que fica próximo à Igreja Santo Antônio no bairro da Vila Xavier, relembrado numa conversa recente com Marinho Rã no Podcast Uniara, cria do Colorado do Zé Lemão e com passagem pela Portuguesa de Desportos e Seleção Brasileira, que inclusive, iniciou sua carreira de jogador no campo da Atlética.

Palco de muitas disputas no futebol amador araraquarense, o campo da Atlética pode ser considerado um símbolo da cidade - muitos atletas que depois vestiram a camisa da Ferroviária desfilaram seus talentos naquele campo.
 
A lembrança afetiva que tenho da Atlética é no remoto final dos anos 70, quando ainda menino sonhava em ser jogador de futebol – a teimosia era maior que a persistência, mas me lembro bem do vestiário da Atlética que cheirava a laranja e Gelol, pomada “mágica” que os aspirantes a jogador passavam com volúpia nas canelas e deixava um cheiro de cânfora no ar.
 
Me lembro também da figura folclórica de Jair Bala, treinador da Ponte Preta de Araraquara, que dentro do vestiário da Atlética passava com vontade o “Gelol” nas pernas, colocando uma redinha de guardar laranja na cabeça e tomando água na moringa. O detalhe é que ele tomava no “bico”, sem haver protestos pelos outros jogadores.
 
Naquela época, a gente chegava para jogar com as chuteiras entre os dedos, a camisa era grande demais, as meias imensas e incabíveis, o gramado cheio de folhas de eucalipto e que muitas vezes produzia escorregões homéricos – o ponto de ônibus ficava ali perto, em frente à Igreja e geralmente demorava um tempão para passar, enquanto isso, o “hit”de sucesso da época tocava insistentemente na vitrola do bar: “Todo menino é um rei” de Roberto Ribeiro, e a gente ia para casa achando que a letra da música era absolutamente verdadeira.

O basquetebol de Araraquara e seus protagonistas


 Quando o assunto é basquete, me recordo das aulas de Educação Física da Escola Narciso da Silva Cesar no bairro do Santana com o “excelente” seu Carlos, professor comprometido com a cultura corporal e com o desenvolvimento do espírito esportivo de seus alunos - os exercícios repetitivos de arremesso e posicionamento em quadra nunca mais seriam esquecidos.

Os amistosos entre as escolas eram frequentes, me recordo dos nomes simbólicos do basquete araraquarense, Professor Urias e Onofre, quando enfrentávamos as equipes desses professores, sabíamos que a derrota era iminente, então, era jogar apenas por diversão, pois os times eram bons demais para poder competir.


 
O basquete araraquarense tem história, nomes como Roseli Gustavo que teve carreira longínqua e vencedora na Seleção Brasileira de Basquete, juntamente com seu sobrinho Nezinho que fez história jogando pelo COC de Ribeirão de Preto, Luis Fernando, ex-jogador do time de basquete da Uniara e da Seleção Brasileira são pratas da casa e de qualquer forma, deixaram um legado significativo para o esporte.
 
O Basquete de Araraquara ganhou proeminência no início dos anos 2000 (dois mil), quando a UNIARA – Universidade de Araraquara através do Professor Fernando Mauro e do Professor Onofre organizaram um time para disputar o Campeonato Brasileiro. O Ginásio da Pista e o Gigantão ficavam lotados, times como COC de Ribeirão Preto, Flamengo, Vasco entre outras grandes equipes jogaram em solo araraquarense e os jogos eram acirrados e protagonizaram bons confrontos – essa história ficou imortalizada através do livro publicado pelo carioca Carlos Fernando Rego Monteiro, cujo título é “Morada de Gigantes” leitura de obra obrigatória por quem se interessa pelo basquete de Araraquara.
 

O time de futebol de salão da W&L Decolores e o “Alma Brasileira”: a união entre o samba e o futebol em Araraquara

 A relação entre o futebol e o samba no Brasil sempre foi muito próxima, tão próxima que já foi capaz de gerar livros, debates, documentários e influenciar gerações – para o brasileiro em geral, o futebol não é capaz de sobreviver sem a “cadência do samba”.

Me recordo da Copa do Mundo de Futebol de 1982, eu ainda era menino e assisti o lateral esquerdo Junior “capacete”, da seleção brasileira, entoar o seu samba em terra espanhola, pedindo para o canarinho voar. Depois, já crescido e cheio de contas para pagar, vi a seleção de Felipão, na Copa de 2002, cantando “Deixa a vida me levar”, de Zeca Pagodinho, dentro do ônibus da seleção brasileira.
 
Pois bem, em Araraquara essa relação entre o samba e o futebol ficou marcada na história. Ela representou o nascimento de um grupo de samba que ficou muito famoso no final dos anos 80, o “Alma Brasileira”.
 
O “Alma Brasileira” foi fruto do trabalho desenvolvido no time de futsal da WL Decolores, que encantou a cidade naquela época – os jogadores faziam samba dentro dos ônibus e se divertiam em meio ao trajeto que percorriam para disputar as competições.
 
A diversão se tornou mais séria quando receberam um convite para tocar na sede de campo do tradicional Clube 22 de Agosto. A apresentação foi um sucesso e depois passaram a frequentar a sede social do clube, que ficava na Av. Brasil, próxima à Igreja São Bento, no centro da cidade. Nascia ali um dos grupos de samba mais famosos da cidade no final dos anos 80, e que ficou imortalizado na voz de Marli Francisco.

Os trampolins da Ferroviária!




Quem era jovem e passou as tardes de domingo no final dos anos 80 na cidade de Araraquara, com certeza não deixou passar imune os trampolins das piscinas da Associação Ferroviária de Esportes.

Os trampolins significavam muita coisa para o jovem:, coragem, audácia, dinamismo e, acima de tudo, “autoestima”. Existiam três trampolins: de cinco metros, de sete metros e de dez metros. Cada um com a sua intensidade e tensão – o medo da barrigada era insano -, afinal, havia plateia. “Já pensou fazer ‘feio’ e cair de qualquer jeito?”. Para cada pulo era um olhar surpreso e o pessoal comentando, seja para o bem ou para o mal. Por isso, fazer “bonito” era fundamental e não podia exibir cara de medo.
 
Mas nem só de natação os trampolins viviam, muita gente ia assistir os jogos da Ferroviária lá de cima – dava para ver “metade” do campo de futebol. Então, sempre havia uma torcida “molhada”, e entre um gol e outro, um “pulinho básico” na piscina. Depois descobriram a artimanha e passaram a fechá-los em dias de jogos.


 
Me lembro das apresentações dos Aqualoucos nos trampolins, que com suas bicicletas faziam parecer que pular daquela altura era fácil – nunca foi fácil me convencer a pular, sempre fui muito medroso, a altura nunca esteve ao meu alcance, gostava mesmo era de espantar o calor da Morada na água e depois ir comer a pipoca do seu Luiz Fiorini.
 
Nomes importantes da natação araraquarense treinavam nas piscinas da Ferroviária e usaram os trampolins como diversão: Orselli e Piscinão, entre outros, se faziam presentes e depois iam treinar a molecada da cidade, usando os seus conhecimentos e habilidades em prol do desenvolvimento do esporte.

O Break: do Melusa Clube às Olímpiadas

Quando o clip da música Thriller de Michael Jackson foi apresentado num programa de televisão em um domingo à noite em meados dos anos 80 (oitenta), todos ficaram sem entender o que estava acontecendo com o universo da dança e da música, mas uma coisa chamou a atenção, a maioria dos jovens da época tentavam a imitação perfeita do Rei do Pop.

Tanto foi assim, que no dia seguinte, me vi na esquina da Cristovão Colombo com a João Gurgel no bairro do Santana junto com outros moleques da mesma idade, tentando imitar os passos do Rei do Pop, os mais habilidosos ficavam no centro da roda enquanto os outros aplaudiam.
 
Fui perceber ainda mais a fascinação por aqueles passos quando comecei a frequentar aos sábados à noite o Melusa Clube e a sua discoteca. As danças em grupo, os passinhos milimetricamente ensaiados, sincronizados e a reverência ao Rei do Pop estavam sempre presentes.
 
O pessoal passava a semana treinando imitações e ensaiando passos para se apresentar no Melusa Clube, o sucesso de um passinho rendia muitas paqueras de ambos os lados e era comum boa parte do pessoal seguir a coreografia do momento, era até bonito de se ver – muitas vezes a dança se arrastava pelo caminho de volta para casa e até fazia pit stop “guloso” no carrinho de lanche do Bahia que ficava nos fundos do Parque Infantil e que estava sempre aberto madrugada adentro.
 
Quase 40 (quarenta) anos depois em uma conversa de botequim, descobri que o Break, aquela dança que ganhou fama nos anos 80 (oitenta) com o rei do Pop e a gente tentava imitar, primeiro na esquina e depois no Melusa Clube havia virado esporte Olímpico.
 
Na tentativa de entender o universo dessa dança e sua transformação em esporte, o Podcast Uniara trouxe para um bate papo Rikardo Lion que conhece mais de perto o universo da dança e do Break, juro que depois dessa conversa fiquei meio confuso, não sei exatamente onde fica a fronteira entre o Break como dança e como esporte, seja lá qual for o limite entre ambos espero que eles ganhem em adeptos, mas de qualquer forma, Michael Jackson se torna cada vez mais lendário com o seu legado para a música e agora para um novo esporte olímpico.

O Sporting Benfica: legado e tradição no futebol de Araraquara




Quando aquele grupo de jovens se reuniu em frente à Praça do antigo Estádio Municipal e decidiu fundar o Sporting Benfica de Araraquara tenho a certeza de que não imaginaram que iriam ultrapassar a barreira do tempo, isso aconteceu no final dos anos 60 (sessenta), e depois de tantos anos, ainda persiste, agora, com nova roupagem e tocado pelos seus filhos, netos e amigos de longa data.

O nome Sporting Benfica surgiu devido ao auge dos times de Portugal nos anos 60, o Benfica por brilhar nas finais do Intercontinental de Clubes contra o Santos de Pelé e companhia e por ter em seu esquadrão, Euzébio, astro da seleção portuguesa e o Sporting por possuir um time de expressão internacional com grande fama e conquistas na época.
 
O grupo de jovens conseguiu um campo de futebol que fica na Rua Engenheiro José Barbugli no bairro do Quitandinha e consolidou suas raízes – muitas partidas do futebol amador da cidade foram disputadas naquele gramado e jogadores que chegaram a grandes times do futebol brasileiro desfilaram seus talentos no Sporting Benfica: Careca, Dorival Junior e Gallo.



Tive o privilégio de vestir a malha do Sporting Benfica do time juvenil no final dos anos 80, ao lado de Asa, Pepa Bergo, Edilson e muitos outros, conseguimos até um vice-campeonato jogando contra o bom time do Atlas dirigido pelo Seu Armando Clemente, um mito do futebol amador de Araraquara, tempo inesquecível da juventude.
 
Hoje, o Sporting Benfica é administrado de forma mais profissional por Lelei, Mazinho, Salame e muitos outros que até por questão de espaço e ordem não tenho condições de citar, mas que de qualquer forma consegue reunir a rapaziada para jogar uma bolinha aos sábados, ouvir um samba de primeira classe, ampliar o legado e a tradição que construiu no futebol amador de Araraquara.

1983: uma noite de Taça de Ouro no Estádio da "Fonte Luminosa"!



 A gente desceu a rua Imaculada Conceição, a famosa rua 12 (doze) que fica na “fronteira” entre o bairro São Geraldo e o Santana em direção à Avenida 36 (trinta e seis), meu finado pai com o radinho de pilha em mãos e em alto volume e eu, moleque, correndo a esmo, às vezes na frente, às vezes atrás, mas sempre de ouvido no que José Roberto Fernandes e sua equipe falavam sobre o jogo.

 Quanto mais subíamos a 36 (trinta e seis) mais o movimento aumentava, as camisas da Ferroviária apareciam em progressão geométrica e por todos os lados. Fizemos uma parada na sorveteria Spumel que havia próxima à rua 3 (três), ganhei um picolé, era mais barato, o sorvete de massa era mais caro, a grana era curta, mas o radinho estava lá, em alto e bom som, anunciando a escalação da partida, a ansiedade só aumentava, mas ainda havia um bom caminho até à Fonte Luminosa, era noite de Ferroviária versus Botafogo do Rio de Janeiro pela Taça de Ouro de 1983.
 
Nos sentamos no setor de sócio, era coberto, um luxo para quem frequentava o Estádio e que ficava ao lado das cadeiras azuis da “cativa”. A Fonte Luminosa estava lotada e realmente iluminada, bandeira para todos os lados, fogos de artifício, a rapaziada no alambrado sempre com a língua afiada, destilando impropérios ao árbitro e ao treinador visitante, antes mesmo do jogo começar, era um clima de festa e ao mesmo de apreensão tendo em vista a perspectiva de boa atuação da Ferroviária.
 
A esperança de vitória sempre estava nos pés de Douglas Onça, Claudinho, Bozó e Marcão, era a base do ataque afeano, uma linha fenomenal, mas o time do Botafogo carioca tinha jogadores de seleção brasileira: Paulo Sérgio, Alemão, Josimar, Abel, era um time de respeito.
 
Entre um amendoim e outro, gol, Bozó de perna esquerda, fez um golaço, após passe de Douglas Onça, meu Deus! Achei que a Fonte Luminosa fosse desabar, confesso que não me lembro depois de 40 (quarenta) anos do gol do Botafogo, só sei que foi de pênalti, e depois no segundo tempo, Jorginho decretou o placar final num chute cruzado, final 2 x 1 para a Ferroviária.


O Estádio quase caiu de tamanha euforia da torcida, mas também, quem dera, vencer o Botafogo do Rio de Janeiro, um dos grandes times do país e com tanta tradição no futebol brasileiro! Era a Ferroviária fazendo história no futebol brasileiro!
 
Disputar a primeira divisão do futebol brasileiro é o sonho de qualquer clube de futebol, em 73 (setenta e três) anos de história, essa foi a única participação da Ferroviária no campeonato mais expressivo do país, em 2023, comemora-se 40 (quarenta) anos da disputa e nada melhor do que fazer uma homenagem a esse time fantástico, foi por isso que o Podcast Uniara em parceria com o Museu de Futebol e Esportes Vicente Henrique Barofaldi e Esporte em Ação organizaram uma  exposição sobre aquela campanha e que ficará aberta ao público no Pátio da Uniara Central até o final do mês de agosto, a entrada é gratuita e pode ser visitada durante o horário comercial.

O Clube 22 de agosto: tradição no esporte e na cultura de Araraquara!

Na avenida Prof. Jorge Correa na altura do bairro de Santana em Araraquara está localizado o Clube 22 de agosto. Desde os anos 70, as contribuições do Clube para a cultura e o esporte foram imensuráveis, as práticas de esporte eram rotineiras e ainda continua sendo, mesmo não tendo a volúpia de outrora.

Ainda nos anos 80, o Clube 22 de Agosto que leva a data de fundação de Araraquara era conhecido como Lago Azul, o seu logo da mesma cor tratou de mitificar a existência do lago, que tempos depois seria desfeito tendo em vista as propostas de melhorias do Clube, mas que nunca deixou de exibir seu charme para a cidade e toda região uma vez que possui muita área verde, belas piscinas e alamedas.
 
Do ponto de vista esportivo, contribuiu de forma exemplar, o time de futsal de adultos no final dos anos 80 (oitenta) que possuía em seu elenco Calzinho, Biroca, Sarrinha entre outros fez sucesso na disputa do campeonato estadual da época, sem contar a participação nos torneios de futsal da cidade, elevando o nível da participação e fazendo duelos memoráveis contra os times da WL Decolores e da Nestle que representavam o futsal de Araraquara nas competições pelo Brasil afora.
 
Na cultura, não podia deixar de lembrar do globo que ficava girando na boate da sede social em frente ao Correio, com seus 3 (três) andares, a boate literalmente “lotava” aos sábados e domingos com shows memoráveis e apresentações dos grupos de pagode da época: “Os Magnatas do Pagode”, “Alma Brasileira” e outros que no momento não me recordo, mas que contribuiu de forma intensa para o desenvolvimento cultural de Araraquara.
 
Hoje, os tempos são outros, a sede social não existe mais, foi vendida a alguns anos, mas a sede esportiva na baixada do Santana ainda permanece, não mais com o “glamour” que possuía, mas com a sua estrutura invejável e bem montada, alguns shows e apresentações culturais ainda acontecem no clube, ressaltando a vocação no sentido de contribuir para o desenvolvimento cultural e esportivo da cidade.

O Parque Infantil: corridinha, entretenimento e qualidade de vida em Araraquara!

Uma praça que fica praticamente no “meio” da cidade, assim é o Parque Infantil de Araraquara – uma praça imponente, cheia de Palmeiras altas e vistosas e com uma creche em seu interior, algumas vias em asfalto com bancos verdes para sentar e contemplar a natureza, tudo isso está a vista no Parque.

Alguns se sentam em seus bancos buscando respostas para os problemas da vida, outros para dar aquela “fumadinha” ou mesmo para dar aquela “namorada”, mas enfim, cada qual com a sua situação, o que importa mesmo é contemplar a natureza e buscar o ar refrescante, já que na Morada o sol costuma arder na pele.
 
A banca de jornal na esquina do Parque com a rua três é tradicional na cidade, um ponto de encontro para quem coleciona as figurinhas do momento e quer usá-la como uma base para agilizar as trocas e evitar o gasto de uns trocados e ao mesmo tempo preencher o álbum, mas o bom mesmo é a troca de ideias e das figuras chaves da coleção.
 
Na ânsia de buscar uma vida saudável, muitos optam por usar o Parque Infantil para organizar a qualidade de vida, dar aquela corridinha ou mesmo fazer uma caminhada, outros praticam o tai chi shuan, as árvores exuberantes e seus espaços longínquos permitem a sombra e o frescor que os esportistas de ocasião tanto necessitam.
 
Entre um fim de semana e outro sempre uma rola uma feira de artesanato, alguns vendem pão feito em casa, outros vendem objetos variados, vai de vinis antigos ou cd’s, roupas usadas ou brechós, vez ou outra, algum cantor se apresenta, ou mesmo organizam algumas feiras veganas, seja lá o que for, o bom mesmo é manter a praça movimentada.
 
O bom mesmo era o “box” do Bahia que ficava nos fundos do Parque, lá na rua 4 com seus lanches imensos e saborosos que matava a fome da moçada depois das baladas e o refri gelado para refrescar – tempos áureos!!

Tubaína, mortadela e um jogo na Fonte Luminosa

  O ano, ele não se recorda de maneira exata, mas tem a certeza de que aquela partida de futebol entre a Ferroviária de Araraquara e Palmeir...