Tuesday 12 December 2023

Os trampolins da Ferroviária!




Quem era jovem e passou as tardes de domingo no final dos anos 80 na cidade de Araraquara, com certeza não deixou passar imune os trampolins das piscinas da Associação Ferroviária de Esportes.

Os trampolins significavam muita coisa para o jovem:, coragem, audácia, dinamismo e, acima de tudo, “autoestima”. Existiam três trampolins: de cinco metros, de sete metros e de dez metros. Cada um com a sua intensidade e tensão – o medo da barrigada era insano -, afinal, havia plateia. “Já pensou fazer ‘feio’ e cair de qualquer jeito?”. Para cada pulo era um olhar surpreso e o pessoal comentando, seja para o bem ou para o mal. Por isso, fazer “bonito” era fundamental e não podia exibir cara de medo.
 
Mas nem só de natação os trampolins viviam, muita gente ia assistir os jogos da Ferroviária lá de cima – dava para ver “metade” do campo de futebol. Então, sempre havia uma torcida “molhada”, e entre um gol e outro, um “pulinho básico” na piscina. Depois descobriram a artimanha e passaram a fechá-los em dias de jogos.


 
Me lembro das apresentações dos Aqualoucos nos trampolins, que com suas bicicletas faziam parecer que pular daquela altura era fácil – nunca foi fácil me convencer a pular, sempre fui muito medroso, a altura nunca esteve ao meu alcance, gostava mesmo era de espantar o calor da Morada na água e depois ir comer a pipoca do seu Luiz Fiorini.
 
Nomes importantes da natação araraquarense treinavam nas piscinas da Ferroviária e usaram os trampolins como diversão: Orselli e Piscinão, entre outros, se faziam presentes e depois iam treinar a molecada da cidade, usando os seus conhecimentos e habilidades em prol do desenvolvimento do esporte.

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