O
antigo Estádio Municipal Tenente Siqueira Campos é, de fato, um marco na
história esportiva de Araraquara. Para muitas gerações, seu gramado emblemático
foi o palco onde o futebol da cidade desfilou, criando memórias e tradições.
Sua
localização peculiar, ao lado do Cemitério São Bento, conferia ao Tenente
Siqueira Campos uma atmosfera única, uma fusão de saudosismo e nostalgia. Essa
proximidade, para alguns, evocava a passagem do tempo e a efemeridade das
glórias. A presença de um flamboyant majestoso em frente ao portão principal
não só amenizava o calor dos jogadores e torcedores, mas também se tornou um
símbolo do local, um ponto de referência que guardava inúmeras histórias sob
sua sombra.
Este
estádio tem uma história rica, incluindo ter sido a casa da ADA – Associação
Desportiva Araraquarense. Este time, que vestia azul e branco, construiu sua
trajetória esportiva entre as décadas de 1950 e 1960. Seus duelos contra a
Associação Ferroviária eram lendários, dando origem ao famoso derby FERROADA.
Para
quem teve o privilégio de vivenciar a época áurea do Estádio Municipal Tenente
Siqueira Campos, é impossível não recordar as figuras icônicas que, com suas
personalidades e talentos, transformaram o local em uma verdadeira lenda do
esporte araraquarense. Essas pessoas não apenas fizeram parte da história do
futebol da cidade, mas também encarnavam o espírito do estádio:
O
Petita: O guardião das chaves do estádio, conhecido por sua bravura e por zelar
pelo local como se fosse sua própria casa. Ele era a primeira e a última pessoa
a ver o gramado, um símbolo da dedicação ao esporte.
O
Edimar Claro: Um goleiro lendário, cujas defesas tornavam sua meta quase
intransponível. Sua presença no gol inspirava confiança e era um pesadelo para
os atacantes adversários.
O
Chumbinho: Famoso por seu chute potente e seus gols homéricos, Chumbinho era o
artilheiro que decidia jogos e levava a torcida ao delírio. Seus arremates eram
sinônimos de perigo constante.
Seu
Armando Clemente: Um treinador de grande sapiência e clareza. Sua visão
estratégica e capacidade de transmitir seus conhecimentos aos jogadores eram
fundamentais para a construção das vitórias.
Zé
Lemão: Com seus gritos histéricos à beira do campo, Zé Lemão era um show à
parte. Apesar do jeito expansivo, sua grande capacidade de liderança e paixão
pelo jogo eram inegáveis.
Tota:
Um verdadeiro comandante, Tota tinha um jeito peculiar de liderar, apontando o
dedo e direcionando cada jogador. Sua presença era marcante e sua liderança,
decisiva para as conquistas do time. Entre muitos outros
O
Tenente Siqueira Campos não era apenas um campo de futebol; era um ponto de
encontro, um espaço de convivência e a materialização da paixão de Araraquara
pelo esporte. As histórias de partidas épicas, gols memoráveis e a energia da
torcida ainda ecoam nas lembranças daqueles que tiveram a oportunidade de
vivenciar a magia desse lugar.
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