Na
cidade onde o sol parecia brilhar menos, vivia um homem cujo nome era sinônimo
de confusão e engano: Narciso. Não era um nome de batismo, mas um apelido que a
comunidade lhe dera, pois sua habilidade em manipular e tecer tramas era
lendária.
Narciso
era um verdadeiro artista das palavras. Sua especialidade era vender sonhos,
não daqueles que se realizam, mas os que se desfazem como fumaça ao primeiro
toque de realidade. Ele tinha uma habilidade notável de fazer com que suas
mentiras soassem como a mais pura verdade. Quem o conhecia sabia que precisava
ter cuidado, mas poucos resistiam ao seu charme sedutor e ao seu olhar
magnético que prometia mundos e fundos.
Manipular
era para Narciso tão natural quanto respirar. Ele entendia as fraquezas humanas
e as explorava com precisão cirúrgica. Suas palavras eram armas afiadas,
capazes de cortar através das defesas mais robustas. Amigos e familiares, todos
já haviam sido vítimas de suas artimanhas, mas muitos escolhiam ignorar, talvez
por medo, talvez por esperança de que um dia ele mudasse.
Narciso
tinha uma maneira peculiar de virar uma situação a seu favor. Quando
confrontado, desviava o olhar, mudava de assunto ou fazia com que a culpa
caísse sobre o outro. Seu jogo era complexo, um xadrez emocional onde ele
sempre estava muitos passos à frente.
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