Friday, 17 January 2025

Sergio Bergantim: a antítese da alegria

 


Eu vi um homem correndo pela avenida central da cidade, eu vi o tempo. O tempo passou entre luvas e defesas, entre os gols e as traves. Ele era capaz de parar a alegria, suas defesas monumentais impediam a felicidade de Pelé e sua turma, seu nome: Sérgio Bergantim, ex-goleiro da Associação Ferroviária de Esportes.

O homem que corria pela cidade criou um hiato no tempo e no espaço. O espaço entre as traves era apenas um hiato no contexto do futebol, onde permitir a felicidade máxima do futebol era resumidamente proibida.

O grito de hulll da torcida era a motivação para as suas atuações. Sergio Bergantim era a antítese do gol, a antítese da alegria e o prenúncio do quase. O quase era perfeito, Sérgio Bergantim aliava a sorte e a competência, as traves eram parceiras monstruosas das jornadas épicas do futebol dos anos 70.

O futebol dos anos 70 era diferente, técnico e com jogadores fenomenais. Ser goleiro naquele contexto era muito difícil, mesmo assim, Sergio Bergantim se destacava embaixo das traves defendendo as cores da Ferroviária.

Suas defesas fantásticas contra o Santos de Pelé o fizeram chegar à meta da Sociedade Esportiva Palmeiras, mesmo sendo suplente de Emerson Leão, um dos melhores goleiros do futebol brasileiro, conseguiu se manter seu nome no topo dos goleiros nacionais.

Sua passagem meteórica pelo Palmeiras do ano de 1974, o levou a ser pretendido por muitos outros times de expressão nacional: Corinthians, Santos, Portuguesa de Desportos, mas Sergio não deixou se levar pela fama e preferiu se manter com as cores grená do Estádio da Fonte Luminosa e nos ensinamentos da Educação Física escolar.

Sérgio Bergantim sempre foi sinônimo de esporte, uma vida dedicada a levar qualidade de vida e ensinamentos às crianças e adolescentes do Colégio Progresso da cidade de Araraquara – áurea de professor, Sérgio Bergantim de muitas pontes, defesas e fama infinita nos limites da cidade.

 

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