As recentes investidas da Polícia Federal contra os crimes praticados contra o Estado em Brasília aprofundam e reforçam a idéia de que o país realmente não tem mais salvação. De que a Câmara dos Deputados está cercada por gente de idoneidade duvidosa e dá razão à Hebert Viana quando cantava lá no longínquo ano de 1988 que são “quinhentos picaretas com anel de doutor”. Até aí, caro leitor, não disse nada de novidade, apenas fiz questão de ratificar o senso comum que paira sobre as cabeças dos brasileiros pagadores de impostos. A questão a ser ressaltada está na sobreposição do crime, ou seja, na cadeia de personagens que fazem parte das maracutaias: assessores políticos, parentes e funcionários concursados que como demonstraram bem as câmeras aparecem em telefonemas ou mesmo carregando as maletas recheadas do vil metal. Isso nos remete a uma formação de hierarquia no crime contra o dinheiro do Estado, a começar pelos deputados que formam o primeiro escalão e aos assessores, parentes e funcionários concursados que formam o segundo escalão. Percebe-se caro leitor um espectro rondando a casa legislativa brasileira, a corrupção e o último a sair apague a luz.
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