WEBER, Max. A ciência e
política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1997.
Max Weber nasceu quase no final
do século XIX e faleceu pouco tempo depois do término da I Guerra Mundial. Esse
período de vida de Max Weber, representou uma mudança significativa tanto em
solo europeu quanto mundial, no que diz respeito ao conceito de Estado.
Os movimentos sociais de final
do século XIX e o desencadeamento da I Grande Guerra Mundial, foram molas
propulsoras para que Max Weber apresentasse a sua concepção de Estado.
Nesse contexto, Max Weber foi
capaz de revolucionar e influenciar o desenvolvimento do Estado nos quatro
cantos do mundo através da proposta de gerenciamento do Estado por meio
racional – por racional, entende-se sistema burocrático de gerenciamento.
A sua ideia de Estado pode ser
encontrada no texto: “ A política como vocação”, onde o autor ressalta a
necessidade da criação do Estado Moderno – mas, o que seria o Estado Moderno
para Max Weber?
O Estado para Weber é “uma
relação de homens que dominam seus iguais, mantida pela violência legítima”.
Por conseguinte, Max Weber
legitima o uso do poder da força pelo Estado. O Estado é o único que deve
possuir o poder de utilização da força para poder colocar em prática as suas
idéias – a legitimidade da ação do Estado aparece através da concessão da sociedade.
Para entendermos o conceito de
Estado de Weber é necessário conhecermos a noção de domínio para o autor. O
domínio está relacionado com a possibilidade de uma determinada vontade de se
sobrepor à outra.
A concessão da utilização da
força para o Estado pela sociedade pode ser estabelecida através de 3 tipos
puros de dominação:
• Dominação tradicional
• Dominação carismática
• Dominação legal
A dominação tradicional está
relacionada com a passagem do poder através dos costumes e da cultura;
A dominação carismática através
da influência de líderes políticos. (No Brasil e na América Latina aconteceu de
forma contumaz, principalmente no período da abertura política democrática que
vai de 1945 a 1964). Como exemplo podemos citar: Getulio Vargas, Janio Quadros
e mais recentemente Luis Inacio Lula da Silva. Essas figuras são consideradas e
rotuladas em território brasileiro como populistas. Na visão de Weffort, no
livro O Populismo na política brasileira, o populismo é um fenômeno político,
pois os líderes se põem acima das massas, atraindo para si o papel de salvador
da pátria.
Na visão do autor, Estado
Moderno significa desenvolvimento do sistema burocrático – a burocracia seria a
grande arma para a administração do Estado – mas, em linhas gerais, o que
significa burocratização? Seria a definição de cargos, atividades e salários
dentro do próprio Estado com um fim específico, ou seja, atender as
necessidades do próprio Estado e mais do que isso, serve para limitar a atuação
do Estado.
A burocracia é para Max Weber um
processo de gerenciamento das relações de poder e trata-se de um produto
histórico do desenvolvimento do Estado Moderno.
Referências
WEBER, Max. A ciência e
política: duas vocações. São Paulo: Cultrix, 1997.
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